Dissabores

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Dissabores

De volta aos anos vinte

quase cem anos depois

Tanto tempo já se foi
Tanto progresso que veio
Tudo está tão diferente
Mas a verdade é a seguinte

O mundo anda doente

Muito pouco se aprendeu

Exaltam o nome de Deus

Mas só da boca pra fora

Porque lá no coração

 Só Reina  a destruição

A guerra e o desamor

Sem tirar nada, nem por

É amigo contra amigo

 É Irmão contra irmão

Intolerância, racismo

 Também falta de perdão

Não existe nem respeito
À liberdade de expressão

Hoje ninguém mais pode

Ter a sua opinião

Todo mundo é juiz

Mas não olha o seu nariz

E coloca o dedo em riste

Apontando o indicador

Sentado na sua imundície

Como se fosse o Senhor

O dono de toda a verdade

Pra onde vai a humanidade

Com todo esse dissabor.

E há tantos que aplaudem

 A desgraça do vizinho

Muitos desejam a morte

E todo tipo de sorte

Por motivos tão banais

Ideologias politicas

Simpatias classistas

E outras coisas iguais

Quando o mais importante

Seria darem-se as mãos

E viver o amor de Cristo

Pois todos somos irmãos

09/01/2020 – quarta-feira – 16:44