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Faustino Entreletras

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em setembro 18, 2018

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Palavra do dia

Nos quadros da minha existência

Doces aquarelas sucessivas.

18/09/2018 terça-feira -15:29

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Recordações

Imagem Google Recordações (festa junina) Abrindo a porteira das minhas saudades Ali, longe da cidade Olho a velha casa Ninguém na varanda Ninguém na soleira A luz apagada A porta fechada A lua no céu Afastando as nuvens Surgindo tão bela Procura as janelas Querendo adentrar Mas qual Quem afinal Vai girar as tramelas Tirar todas as trancas Quem das lembranças? Aqui e acolá jardim descuidado É flor, é mato é mato , é flor erva daninha ensimesmado divago busco e trago Abrindo as cortinas do tempo passado Recrio, revivo as antigas cenas de um lindo espetáculo A luz se acende A porta se abre Dali todos saem É vovó Cotinha O pai, a mãe E vovô João É o tio Botinha A titia Donana Quinzinho e Mariazinha Inté a cachorra Cigana A gata Belinha E as crianças Da colonia vizinha Todos todos Num só cordão Direto Pro terreirão Todo enfeitado Com bandeirinhas E balão A sanfona sabe

Janelas - I

Janelas - I Quase toda a noite Abro a minha janela E no meu sonho vou até ela Percorro suas ruas Adentro a velha casa Como se o tempo voltasse E desfilasse ali na minha frente Todos aqueles personagens Cada rosto daquela cidade Cada cena, cada esquina Cada música que se fez trilha sonora Cada recanto da velha escola Cada poltrona do cinema Onde viajávamos nas sessões De sábado e domingo Cada canção dançada Na luz negra do “Galinheiro”, Cada olhar, cada aconchego Cada toque de mão Cada emoção escondida Cada apito do trem Passando sob o pontilhão Como era doce aquela vida! Mas quando amanhece Retorno sorrindo A janela do meu peito sentindo Um turbilhão de saudades Daquele rincão que me abraçou Quase uma vida inteira Parapuã, cidade coração, Pra ti minha devoção verdadeira Autor Carlos Marcos Faustino 26/09/2015- Sábado – 11h53

Histórias de meu pai

Imagem Google Histórias de meu pai Na minha imaginação Meu pai ainda desfila Coisas de um tempo bom Que aportam meu coração Flashes de cenas antigas Noites aos pés do fogão Nos levando pela mão Nas histórias de sua vida Contadas com muita emoção Desde sua infância sofrida Depois que sua mãe partiu Seu pai já adoentado Com dois filhos ao seu lado Não teve outra alternativa Senão partir com urgência Antes que uma tal doença O reduzisse a nada Por isso pegou os dois filhos E botou os pés na estrada Não foi fácil a travessia Aqui e acolá caia E os meninos assustados O amparavam com cuidado Pedindo a Virgem Maria Pra proteger, dar coragem Ao longo de cada dia no transcorrer da viagem Uma alma nobre os viu Naquela situação Com sede, fome, frio E os levou pra sua casa Deu-lhes abrigo e pão Pois atravessar certa mata Que estava no caminho Quase na boca da noite Seria a maior roubada Pois segundo esse novo amigo Havia muitos perigos Assim que o sol brilhou forte Meu avô, seus fi

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