Dois de Abril

Dois de Abril

( Uma singela homenagem )  

 

Acordei, abriu-se o dia

Emoção dentro do peito

Pra você, procuro um jeito

De na  minha poesia

Buscar tua companhia

Matar as minha saudades

Amigo, grande verdade

Gratidão por tua vida

Deus sempre te dê guarida

Muita paz, felicidades


Irmão, amigo, compadre

Em 71 num trem

Com vinte anos apenas

Adeus cidade pequena

Parti com o rosto molhado

Cheguei  em Sao Paulo, Osasco

Ali, Vila Yara, Bradesco

Cobrança, quantas lembranças

Georgete Belinha, Frateski

E outras personagens tantas


E por dentre aquelas mesas

Todas, todas agrupadas

Como uma grata surpresa

Meu amigo, em minha vida

Você pra sempre chegava


Colegio e lanchonete

Conjunto C, cinquenta e quatro

Pinheiros, Marcado da Lapá

Moom Auto Cine e  Gonçalo

Zezé e serraria

Alair, Rosinha, Ana Maria


E aos domingos pelada

Beatles, Bee Gees, vitrola

Sorvete, macarronada

Às vezes um carteado

Um cinema na cidade

Meu Deus, quanta saudade


Te lembras amigo, te lembras

Dos Camparis, das noitadas

Da policia alvoroçada

Sirene tocando, chegando

Armada até os dentes

So por causa duma mijada

Te lembras amigo, te lembras


Da Gonçalo à Sacadura

Mais um passo na jornada

Dali parti num abraço

Com o coração em pedaços

Mas guardei bem la no canto

Esse tesouro encontrado

Razão das minhas saudades

Amigos por toda a vida

Amigos pra eternidade


Faustino Poeta

02/04/2023- domingo - 09:45

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