Revoada


Revoada

E festejaram entre si
O que antes festejávamos nós
Agora a sós, voando ave em céu aberto
Lembrando das  revoadas de antigamente

Bem a frente, sorriso largo
Aconchegando em suas  asas 
Trazendo todos pro seu recanto, pra sua morada
Era a mais pura expressão de felicidade estampada

Mal o sol se levantava
Já começavam os mais silenciosos burburinhos
De quem chegava, de quem  estava
Depois vozes cruzadas, risadas, felicidade
Como eram bons os tempos desta idade

Os anos foram levando  a todos embora
Nos  céus desfez-se a linda ciranda
Até  os telhados da varanda, da casa toda
Migraram-se de repente   pro nada

Hoje sonhei com aquela revoada
Olhei pro céu, botei a vista no fim da estrada
Ninguém mais, somente nuvens lindas
Minhas retinas  buscando nelas lembranças  findas.


Autor
Carlos Marcos Faustino
14/08/2016  - domingo – 21h15




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