Paisagem


Paisagem 



Daqui vejo  a rua
Devorando carros que vão e vem
E esparsas pessoas com seus dramas

Entrelaçam-se na mesma rotina que as chamam
Paisagem essa, tão minha também.

Meu livro de Drummond sobre a mesa
Ideias mil na gaveta
num cantinho da  cabeça
Mas que não vem para o papel.


Enquanto as horas
carregam embora os dias
Eu fico procurando melodias
"Um colo pra deitar  em versos minha poesia"

Mas qual!
Quando sobrevém um temporal
A paz tão sonhada
Vai-se nos braços da enxurrada
Como uma nau em alto mar

Netuno! Acalma a ira dessas águas
Deixa minha paz! Leva minhas mágoas!


Autor

Carlos Marcos Faustino
02/03/2016 - quarta-feira – 15h11



Comentários

  1. Tania Maria Gimenes Brochini
    Lindo, tudo a poesia e a ilustração. Mais uma vez, obrigada.

    ResponderExcluir

Postar um comentário