Condor




Condor


Condor
Já oscila o voo, vacila
Cansadas asas
Em vão se debatem
Tendo o chão ao poucos
Como única paisagem.

Condor
Passeia os olhos, divaga
Nuvens passadas perdem-se distantes
Cede aos poucos a vontade
De ficar estagnado,  quase louco
Absorvido pela realidade
Precipício que devora
E o leva embora.

Já não vê entre as colinas
O doce remanso
Um recanto pra matar a sede
Pra esquecer o cansaço como se fosse
O seu  real momento de descanso.

Faltam-lhe forças
E assim planando desce
Feito o cair da tarde
Que a todo final dos dias acontece.


Autor
Carlos Marcos Faustino
03/08/2015 – segunda – feira – 10h22



Comentários