Tributo a Taty


Tributo a Taty

Olhar ainda muito vivo
O corpo já não respondia mais
As pernas não obedeciam
Mas quando me via chegar
Ainda forças encontrava
Pra dar uma abanada no rabo

Sempre ativa, desde cedo
Quando alguém por la chegava
Ela afoita ia ao portão
Chorava de emoção
De alegria incontida
Demostrou por toda a vida
O grande amor de um cão

Mas quando a idade chega
Doenças aportam também
Taty foi pega de surpresa
Definhando dia a dia
Não bebia , não comia
A morte esperava a hora
Para leva-la embora

Abril, dezoito, à tarde
Passei ali para vê-la
Ajoelhei-me ao seu lado
Ela olhou-me profundo
Abanou um pouco o rabo
Parecia despedida
Quando voltei mais a noite
Taty tinha deixado a vida
Já tinha virado estrela.


Autor
Carlos Marcos Faustino
19/04/2015-Domingo-10h57



Comentários