Retrato vivo
Duas pequenas jabuticabas
De um resplandecente brilho
Donde cachoeiras represadas
Mantém tuas magoas bem longe
E quando por acaso brotam águas
São apenas emoções transpassadas
A umedecer um pouco
as tuas pálpebras.
Descortina-se logo abaixo, o paraíso
Um desenho esboçado em largo riso
Todo num branco marfim refletido
Ladeado de um carmim adocicado
Onde o amor começa a ser desejado
La do alto, negros fios lisos compridos
Emoldurando este vivo retrato
Aconchegam-se ao teu corpo onde eu sigo
Este passeio em
devaneios abstratos.
Autor
Carlos Marcos Faustino
25/04/2015-sábado-01h04
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