Oleiro
Esquece
Deixa por conta do céu
O vaso de barro só se quebra
Quando sai das mãos do oleiro
Primeiro, o molda
Cria suas formas
Da-lhe o sopro
E o deixa livre
Depois sol,
Depois chuva
Estações e amores
Flores colhidas
Impossível não viver a vida
Uma ascensão descabida
Que cessa
Quando os passos trôpegos
Suportam a descida
Mas tudo é recomeço
Todo dia
Nas mãos do oleiro
Formas de vida
Despertam do que
parece nada
Despertam do ontem
De desconhecidos planos
Mas tudo o que mais se sabe
É do amor:
“O que mais na vida toda cabe
E que fica
Pra eternidade”
Autor
Carlos Marcos Faustino
18/02/2015-quarta-feira-14h05
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