A partida


A imagem pode conter: flor, planta, céu, natureza e atividades ao ar livre, texto que diz "Billa Trauer"

A  Partida

Os motes que compoem esta poesia sao de autoria de:

Carlos Marcos Faustino
Beto Acioli
Ana Cyntia Acioli



 - I -


Com girassóis nas retinas,
Morrerei muito enlevado,
Por jasmim asfixiado,
Ah! Flores que me fascinam,
E que nesta hora divina,
Hão de cobrir o meu leito,
Iluminando meu jeito,
Clareando meu semblante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.


15/03/2014 - sábado - 12h59




-II-


E ao chegar do outro lado,
São Pedro com alegria,
Virá me dizer bom dia,
Nas mãos um livro encapado,
Com letras todo em dourado,
Vestido em branco, perfeito,
Vai arrancar do meu peito,
De mal, de podre, o bastante,
Que imaginem neste instante,
Que parti tão satisfeito.


15/03/2014-  sábado - 19h48



-III-


Estarei purificado,
Pra poder voltar a Terra,
Estarão a minha espera,
Os que por mim foram amados
Enxoval branco, engomado,
Volto meio contrafeito,
Mágoa existe no meu peito,
Vou, volto, sou debutante,
Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito.


16/03/2014 - domingo - 00h19


-IV-


De novo pronto pra luta,            
Certo é por o pé na estrada,       
Tornar linda a caminhada,           
Melhorar muito a conduta,        
Muito amor, pouca disputa,        
Ser somente um amuleto,
Que só promova o aconchego,
Pra quem ficar hesitante,
Que imaginem neste instante.
Que parti bem satisfeito.



16/03/2014 - domingo - 11h20



-V-


Que imaginem neste instante,
Que parti bem satisfeito,
Agora sou o primeiro,
Mas espero confiante,
Que seja muito importante,
Toda esta advertência,
Depois de tanta evidência,
Mesmo para os mais dispersos,
Deixo pro mundo meus versos,
Provas de minha existência.



16/03/2014 - Domingo -17h20



-VI-


Ser valente e sorridente,
Cavalheiro à moda antiga,
Sair dos bailes da vida,
Só pela porta da frente,
Abraçar os oponentes,
Tudo isso é sapiência,
Que acalma a consciência,
Meu pensamento é certo,
Deixar pro mundo meus versos,
Provas da minha existência


16/03/2014 - domingo - 18h13



-VII-


Deixo pro mundo meus versos,
Provas da minha existência,
Mesmo sem experiência,
A todos com quem converso,
Deixo claro que o Universo,
Ainda que se agradeça,
Ou mesmo que se esqueça,
Continua tão doente,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.


17/03/2014- segunda-feira -  12h12



-VIII-



Mas de amor e de amizade,
Deve-se povoar o mundo,
São sentimentos profundos,
Para o bem da humanidade;
Hoje me deixa saudades,
Como era antigamente,
Nossos afetos ardentes,
Então pra que não se esqueça,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.


17/03/2014- segunda-feira - 18h58




-IX-



O progresso está abusivo,
Toda a natureza implora,
A fauna, a flora:- É agora,
O momento decisivo,
Dum gesto mais intensivo,
Pra salvação do planeta,
Antes que o mal aconteça,
Eu sou tu és veemente?
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.


18/03/2014- terça- feira- 12h05



-X-



E haverá mais paz na Terra  
Quando nela for plantada,        
Muito bem fundamentada,      
Quando a alma inda encerra,  
Ideais que não a guerra,           
Quiçá o mal amorteça,              
Que o amor o reabasteça, 
É o meu apelo urgente        
            ,                                                    
Espalho as minhas sementes,       
Pra que o mundo floresça.


18/03/2014 - terça-feira - 12h45



-XI-


O riso de uma criança,
É promessa de venturas,
Os filhos são as pinturas,
Quadros da nossa lembrança
Que deixamos por herança,
Por isso a Deus agradeça,
Antes que a vida adormeça,
Eu sigo a estrada contente,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça


19/03/2014 - quarta-feira - 11h37



-XII-.






Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça,
Pra que em tempos de colheita,
Nossos filhos sorridentes,
Com amor no peito latente,
Semearão com ternura,
Nos campos, nova mistura,
Que trará mais esperança,
O riso de uma criança
É promessa de venturas.


19/03/2014 - quarta-feira - 22h17




-XIII-


É tanto pra ser mudado,
O mundo débil transpira,
A natureza delira,
Crianças!  Fazei do passado,
Um capítulo encerrado,
Crescei com desenvoltura,
Mude no povo a cultura,
É toda a nossa esperança,
O riso de uma criança,
É promessa de venturas



19/03/2014- quarta-feira - 22h45




-XIV-



Infância e mocidade,
Tempos de doces lembranças,
Como é grande esta distância,
Fontes das nossas saudades,
Um álbum de felicidades,
Das nossas eternas juras,
Dos momentos de loucura,
Meu Deus que eterna fragrância,
O riso de uma criança,
É promessa de venturas.


20/03/2014 - quinta-feira - 18h18




-XV-




A casa toda apagada,
As janelas sem cortinas,
E um luar de platina,
Adentrando a madrugada,
Clareando a estrada,
Lençóis de linda brancura,
Envolvendo com doçura,
Da vida esta exuberância,
O riso de uma criança,
É promessa de venturas.


20/03/2014 -  quinta-feira -19h12



-XVI-



Em manhãs ensolaradas,
Eram todos esplendores,
Por entremeio as flores,
Borboletas encantadas,
Feito magia de fadas,
Não havia desventuras,
E nem todas as amarguras,
Tinham real importância,
O riso de uma criança,
É promessa de venturas.


20/03/2014 - quinta -feira -  20h23




-XVII-


O riso de uma criança,             
É promessa de venturas,          
É pro mundo a eterna cura,    
É da paz a aliança,                        
E do amor a herança,                  
É tintura que em segundos,        
De um modo tão profundo,
Dá alento às nossas dores,
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.



20/03/2014 - quinta-feira-  23h17



-XVIII-



Com sorrisos e com flores,
Pelos jardins semeados,
Feito dois apaixonados,
Despertando mil amores;
Esses belos coautores,
Em menos de um segundo,
Vão te tocar lá no fundo,
E em todos os arredores,
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.


21/03/2014- sexta-feira - 00h13




-XIX-


Uma canção que assobia,
Parece até pensamento,
Mas qual é obra do vento,
Que vem lento e principia,
Uma dança, alegoria,
Obra de arte em segundos,
Da arte viva de fundo,
É fato, não são rumores,
Com harmonia e cores,
Desejo pintar meu mundo.


 21/03/2014- sexta-feira - 23h37





-XX-


Se a chuva vier benfazeja,
Rolar do alto da serra,
Matar a sede da terra,
É vida com toda certeza,
Pede a Deus que te proteja,
E agradeça bem do fundo,
Do seu eu o mais profundo,
Pelos frutos, pelas flores,
Com harmonia e cores,
Desejo pintar o meu mundo.


23/03/2014-  domingo  -12h27




-XXI-

No coração vem saudades,
A alma chora por dentro,
Quando em você me concentro,
Nos tempos de mocidade,
Penso com assiduidade,
Coisas que vem la do fundo,
São emoções que em segundos, 
Cerceio com muitas flores,
Com harmonia e cores,
Desejo pintar o meu mundo,


23/03/2014- domingo - 12h30



-XXII-


Com girassóis nas retinas,
Morrerei muito enlevado,
E ao chegar do outro lado,
Nesta hora tão divina,
Alguém será que imagina,
No seu eu o mais profundo,
Ao menos por um segundo,
Que apesar de tantas dores
Com harmonia e cores,
Desejo pintar o meu mundo.


-XXIII-


Com harmonia e flores,
Desejo pintar o meu mundo,
Ester termo " vagabundo,"
E outros sem mais pudores,
Que dão aos trabalhadores,
Vou cobrir com uma tintura,
Envolta em tanta ternura,
Uma marca de esperança,
"O riso de uma criança,
É promessa de venturas".


-XXIV-

O mundo nesta lambança,
Só nos trará desventuras,
Esta crise não se atura,
Deste jeito esta balança,
Pende sem muita bonança,
Melhor erguer a cabeça,
Antes que o mal aconteça,
Por isso agora é urgente,
Espalho as minhas sementes,
Pra que o mundo floresça.


-XXV-


 Em poesia as sementes,
Deixarei para que cresçam,
E que ninguém se esqueça,
Quem cala é quem consente,
Por isso estarei presente,
Tenho muita consciência,
Eu luto com sapiência,
Por modos muito diversos,
Deixo pro mundo os meus versos,
Provas da minha existência.

28/04/2017 - sexta-feira- 23h42


- XXVI -


Olvida meus versos, olvida,
Se isso te faz sentido,
Rimas que trago comigo,
Na inspiração que me dita,
Em poesias escritas,
Parecem virem do céu,
Em sonetos ou cordel,
Isso não me faz morto,
Sou barco em mar revolto,
E o meu porto é o papel.

02/05/2017 -  terça-feira - 20h11



- XXVII -


Viajante em mar revolto,
No meu barco de papel,
Pensamentos, meu cinzel,
Deixo assim tudo tão solto,
Embora esteja envolto,
Nessas trilhas do teu céu,
De versos, eterno véu,
Por isso é que te digo,
Pasmei, pasmei meu amigo,
Pra você tiro o chapéu .


- XXVIII -


Afora todos meus ais,
Eu jamais conseguiria,
Construir por ousadia,
Com palavras magistrais,
Os seus versos celestiais,
Muito mais que um menestrel,
Seu canto nos mostra o céu,
Por isso eu te bendigo,
Pasmei, pasmei meu amigo,
Pra você tiro o chapéu.

 - XXIX -


Meus versos não são tão belos,
Quão simples é meu pensar,
Pululam sem almejar,
Serem tão lindos castelos,
Nascem sem muito atropelos,
E querem ser poesia,
Mesmo sem ter a magia,
São como simples botecos,
Que florescem pelos becos,
No anoitecer dos meus dias.


04/05/2017- quinta-feira - 18h22


- XXX-


Quem comigo está na estrada,
Pode não se aperceber,
Como é que procuro ser,
Tracejando a caminhada,
Nestas rimas desenhadas,
Construindo sem querer,
Histórias deste viver,
E que no coração palpita,
Do menino que inda habita,
Todo meu jeito de ser.


- XXXI -

Das emoções e sorrisos,
De muito tempo atrás,
Trazem -me mais e mais,
Saudades de um colorido,
Lindo prazer, mas doído,
Me envolvendo sem saber,
Que posso tornar a crer,
Que inda é minha aquela vida,
Do menino que inda habita,
Todo meu jeito de ser.


XXXII


Posso ter brancos cabelos,
Nos poucos fios que inda tenho,
e se  achas que eu venho,
Com cautela e muito zelo,
Justificar-me com esmero,
Engana-se, posso dizer,
Eu quero te absolver,
Dou-te esta luz que palpita,
Do menino que inda habita,
Todo meu jeito de ser.

04/05/2017 - quinta-feira - 23h20


-XXXIII -

Vivo em eterno balanço,
Nos dias que inda tenho,
Mas já nem sei pra que venho,
Deixar ao mundo meu canto,
Desnudo de muito encanto,
Segue o barco com seus dramas,
Até o porto que o chama,
Deixando que os outros digam,
Os videiros sim desfilam,
Em seus corcéis suas tramas.


05/05/2017 - sexta-feira - 11h34


-XXXIV- 

Só campos de girassóis,
Algodoal, nuvens brancas,
No mar as mais calmas ondas,
Debaixo dos meus lençóis,
La fora vindo dois sóis,
Um de realidades duras,
Sem sonhos é só agruras,
Mas há de chegar um dia,
Que seja a arma a poesia,
Pra vencer guerras futuras.


10/05/2017 - quarta-feira -01h49


 -XXXV -


À parte, estive posposto,
Neste celeiro que habito,
Divaguei, rosto constrito,
Na alma o fel do desgosto
Com todo meu eu exposto
E nos ombros meu farnel,
Vou deixando este quartel,
Já que não fui absolto,
Sou barco em mar revolto,
E meu porto é papel.

 10/05/2017 - quarta-feira - 01:35


-XXXVI-


Como se fora uma dança,
Dos alforjes da minha alma,
Tudo que agora se espalma
Afora tantas mudanças,
Lembranças, lembranças tantas
Em tempos de boemia,
Seus versos quanta mestria,
Inda se ouvem os ecos,
Que florescem nos botecos,
No anoitecer dos meus dias.


Carlos Marcos Faustino
10/05/2017 - quarta-feira - 14h23


 -XXXVII -

Adeus oh! doces quimeras
Estrelas e pirilampos
Que compuseram meu canto
Findou-se o tempo de espera
Seguindo pra outras terras
Deixo pra trás os meus feitos
Refaçam os seus conceitos
O meu desejo é constante
Que imaginem neste instante
Que parti bem satisfeito.


16/05/2017 - terça-feira -12h46


-XXXVIII -

Na vida colhi do lodo
Pérolas, flores, prazeres
O amor de muitas mulheres
Afora alguns engodos
Eu tive o melhor em dobro
Por isso é que me deleito
Venci! Venci esse pleito
Neste momento mutante
Que imaginem nesse instante
Que parti bem satisfeito,


16/05/2017 - terça-feira- 13h32


-XXXIX-



Sou de estrelas poeira
Sou notas de uma canção
Sou versos que ao vento vão
Sou ondas que a praia beija
Em minha vida ligeira
Definições do meu jeito
Mesmo não sendo perfeito
Aos de coração pulsante
Que imaginem neste instante
 Que parti bem satisfeito.



16/05/2017 - terça-feira - 14h54


XL


Viver aqui neste plano
Requer ter sabedoria
Pra dança de todo dia
O mundo está leviano
Tanto pensamento insano
Oh! Deus quanta incoerência
Parto com antecedência
Indo pra outro universo
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.



18/05/2017 - quinta-feira - 14h11


-XLI




Também já fui um menino
Versejei em meus brinquedos
Fiz encanto dos meus medos
E tudo o que hoje assino
Lembranças que descortino
Meninice, adolescência
Com toda a aquiescência
Sentimentos submersos
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.


18/05/2017- quinta-feira – 17H09



 -XLII-




Depois é fora do tempo
Estamos ficando velhos
Deixa quer riam: É serio
Agora é o melhor momento
A vida não é passatempo
Esqueça todos os dramas
Sê feliz com quem tu amas
Os fracos, eu sei,  cochilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.


-XLIIII-


Silêncio da madrugada
Agora e não depois
Venho falar de nós dois
Nesta poesia estampada
Em garranchos desenhada
Nem são lamentos, são chamas
Palavras de quem te ama
E depois disso se calam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.


  -XLIV-


Quem se importa, um sonhador
Que se perde nos seus sonhos
Com seus enredos bisonhos
Que falam de tanto amor
São flechas de caçador
Colírios de muitas damas
Que mantém a sua fama
Por entre dentes sibilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.


  -XLV-


Por um fio, em um segundo
Mil coisas acontecendo
Gente tão jovem morrendo
Homens caráter imundo
Querem dominar o mundo
Tudo, tudo se inflama
Crescem nossos melodramas
Mesmo tendo os que vacilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas


  -XLVI-


Voa doce passarinho
Pra outro rincão distante
Meu coração hesitante
Vai se achegar  bem quietinho
Em seus sonhos de mansinho
Desperta não, quem te chama
Por qualquer coisa barganha
Ter você, mesmo que digam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.



  -XLVII -


O Passado é esquecido
Incerto é o futuro
Que haverá após o muro
Do presente concebido
A cada instante vivido
A morte eu sei que enganas
Dizem pessoas insanas
Pra aqueles que se estrilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.



  - XLVIII -


Seus olhos tem um sorriso
Nunca feche estas janelas
A Luz que fluem por elas
Elevam-me ao Paraíso
Desfaleço, me eternizo
Ouça minha voz que te chama
Vem a mim! Oh doce dama
Esqueça quem nos destilam
Os videiros sim desfilam
Em seus corcéis suas tramas.  



  -XLIX-


Numa mágica cadência
Como os versos de um poema
Viver:  Viver  vale a pena
Pra que tanta abstinência
Já vai longe a adolescência
Nem sei por que te inflamas
Temos outros cronogramas
Nem todos se aniquilam
Os videiros sim destilam





02/06/2017- sexta-feira -23h43




 -L -



As vozes são piruetas
 De risos todas vestidas
 Tristezas adormecidas
 Numa mesma silhueta
Os problemas na gaveta
 Tudo isso se aquieta
 A Lua observa inquieta
 A cena que lhe alucina
 Os colóquios da esquina
 Ebriedade dos poetas

04/06/2017-domingo – 23H48



 - LI -



 Noites nem só borboletas
Aquelas carmim no riso
Alçam voos indecisos
Com suas historietas
Versos feito operetas
Eles mostram mil facetas
A mim não são indiscretas
Não sei por que te amofinas
Os  colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas

05/06/2017 - segunda-feira -00h12



  -LII -



Nem só o luar lá fora
Serestas na madrugada
Turvo olhar, alma lavada
À mercê dos bota-foras
Estenda a mão, não é hora?
Antes que a vida os remeta
Ali aos pés da sarjeta
Tem gente que abomina
Os  colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas

05/06/2017- segunda-feira – 00:38


  -LIII-


Viola embaixo do braço
Cai da cabeça o chapéu
Solta a voz o menestrel
No canto em descompasso
Espelham-se seus pedaços
Toda essa mágoa quieta
Duvido que não te afeta
Se quiser pode, opina!
Os colóquios da esquina
Ebriedade dos poetas



05/06/2017 – segunda-feira – 01h02




 – LV -

A flor que colhi um dia
Em tempos de meninice  
Embora tanta meiguice
Desfolhou-se por magia
Transformada em poesia
Compensei a sua ausência
E com toda reverência
Meu sentimento introverso
Deixo pro mundo em meus versos
Provas da minha existência.

12/06/2017 – segunda feira  00h02


 – LVI -

Cansei de tanta contenda
Da língua se esvai o fel
Transfigurado no mel
Que engana sem que se entenda
A desvairada emenda
Desta atitude imatura
Em tempos de escravatura
Façamos a travessia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.



– LVII –


Um exército de rimas
Pro futuro delineada
Nas trincheiras das palavras
Entrelinhas paz ensina
Sem ser uma obra-prima
Feitas com muita ternura
Pra acabar com desventuras
Objetivando um dia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.


12/06/2017 – segunda – feira -22h17


 – LVIII –


Espadachins no passado
Lanças, cavalos e bigas
O homem inda cria intrigas
De vidas tem se apossado
O espaço já dominado
Espalha no mundo agruras
Enquanto houver armaduras
Não se efetiva a magia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.

12/06/2017 segunda- feira 23h06



  -LIX -


 Voz que canta uma cantiga
 Pra embalar uma criança
Quando vem intemperança
 Às vezes parte pra briga
 Escravo de alguma intriga
 Alguém que se desestrutura
Nesta postura imatura
Abençoa Deus um dia
Que seja arma a poesia
Pra vencer guerras futuras.

13/06/2017 –terça –feira – 00h13


 


– LX -


Estou à mercê das horas
Caminho mesmo sorriso
Seguindo em passos precisos
O tempo me leva embora
Por que você ignora
Meu medo de te perder
O fogo de te querer
Algo lá dentro que agita
O menino que inda habita
Todo meu jeito de ser.

15/06/2017 – quinta-feira -20h54-


 -LXI-


Da vida  a gente se apaga
E como  brisa se vai
Nas asas da chuva  cai
E rola e se propaga
Levando em suas águas
Lembranças nossas ao léu
Com um lembrete aos céus
Todinho em flores envolto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é o papel

15/06/2017 – quinta-feira -22h26


- LXII –


Nas horas que adormeço
Em minhas mágoas tropeço
Não deixo nenhum acesso
Pra que me virem do avesso
Se de mal de amor padeço
Não levo o Premio Nobel
Mas não deixo de ser réu
Destes grilhões não fui solto
Sou barco em mar revolto
E o meu porto é papel.


15/06/2017 -  quinta-feira – 23:04


 -LXIII-


Em minha vida, sementes
Fui plantando nos caminhos
Colhendo abrolhos, espinhos,
Fui crescendo, adolescente
Quase adulto, quase gente
Em tempos de alforria
Encontrei na alquimia
Explicações destes ecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias


16/06/2017 – sexta –feira – 00 h04



 -LXIV -


Eu quis fazer um poema
Daqueles das boemias
Que rolam dia após dia
Os bares, fundo de cena
Atitudes obscenas
Pensei se eu versaria
Sussurros e zombarias
De bêbados e outros trecos
Que florescem pelos becos
No anoitecer dos meus dias.



 Autor
Carlos Marcos Faustino
16 de junho de 2017 – sexta-feira  - 00 h34
























Comentários

  1. Tania Maria Gimenes Brochini
    Vale a pena reler de novo. É muito linda.
    27 de abril de 2017 às 20:28

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  2. Maria Célia Fernandes
    Parabéns amigo!
    Muito lindo! bjs
    27 de abril de 2017 às 21:28

    ResponderExcluir
  3. Therezinha de Luccas
    Parabéns! É lindo!
    29 de abril de 2017 às 00:40

    ResponderExcluir
  4. Francisco De Assis Ricco
    Muito bonito !
    01 de maio de 2017 às 17:53

    Magnólia Miranda
    Magnólia Miranda
    Muito lindo! Amei! Haha
    Uau , Triste
    01 de maio de 2017 às 19:18

    ResponderExcluir
  5. Tania Maria Gimenes Brochini
    Nossa, tá ficando cada vez mais bonita. Ñ para ñ, tá ficando demais!
    11 de maio de 2017 às 18:05

    ResponderExcluir
  6. Tania Maria Gimenes Brochini
    Sem palavras....É maravilhosa!!!!
    03 de junho de 2017 às 18:13

    ResponderExcluir
  7. Tania Maria Gimenes Brochini
    Nossa, ler assim na totalidade é mais emocionante ainda. Ficou maravilhosa. Parabéns.
    12 de junho de 2017 às 02:20

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