Parece
Parece que o céu se abriu,
Choveu uma chuva verdadeira,
Só não choveu na Cantareira,
E foi assim, quando abri a torneira,
Veio aquele vazio, agua que é bom nem cheiro,
Nem uma gota que seja,
E eu que tomei tanta cerveja,
Fui descarregar logo no banheiro.
Nem pra higiene, nem pra matar a sede,
Nem para cozinhar o alimento,
Até um cachorro sarnento,
De língua de fora que atravessa a rua,
Procurava uma poça num vão qualquer da calçada,
Mas qual, não sobrou nada, tudo se foi na enxurrada.
Parece que o céu se abriu,
E a chuva caiu ontem a noite,
Mas qual, depois de
tantos dias de seca,
Esta chuva a terra
sugou, o calor é o que impera
Bem feito, quem manda
os senhores da terra,
Na ganancia que em
seus olhos encerra,
Desmatar a natureza, poluir seus veios d’água,
E sobrecarregar de
poluentes o céu.
É uma viagem sem volta. A terra expira, agoniza,
Só não vê quem não quer, só não vê mesmo,
Quem só no dinheiro acredita.
Autor
Carlos marcos Faustino
04/06/2014- Quinta feira – 17h28m
Comentários
Postar um comentário