E depois de amanhã
E depois de amanhã,
Levantar as pálpebras sonolentas,
As gélidas mãos, a alma friorenta,
O corpo todo
encolhido, vão sorrisos,
Tudo sem muito sentido, quem se aguenta?
E depois de amanhã,
Sem nada a mudar neste percurso,
Um dia apenas no meio, vazio, sem recheio,
E numa noite ou quase duas,
Apenas mirar pela
janela o clarão da lua.
E depois de amanhã
Seja domingo, o mês que vem ou final de ano,
A qualquer tampo
vão-se os afetos, ficam as lembranças,
Vão-se também os projetos de mudança.
E depois de amanha... E
depois de amanhã...
Autor
Carlos Marcos Faustino
20/06/2014- Sexta Feira- 18h31m
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