Cacos
São só meus pedaços
que trago nas mãos,
Um quebra-cabeça imenso de cacos,
Que vou ajuntando ao longo dos meus passos,
São só reticências do meu coração.
Da lida, inflamado por inúmeros dardos,
Sangrando, ofegante e até moribundo,
De porta em porta, ao léu, atroz vagabundo,
Arcado ao peso de tão terrível fardo.
Os cães de rua somente por companheiros,
Anjos que me fitam
dando-me coragem,
Os únicos amigos que me entendem por inteiro,
O meu aconchego pra suportar esta viagem.
Autor
Carlos Marcos Faustino
17/05/2014- Sábado
14h28m
Antonio Carlos Coutinho
ResponderExcluirLegal
17 de maio de 2017 às 22:53
Tania Maria Gimenes Brochini
Tania Maria Gimenes Brochini Já comentei essa mas voltei a ler e continua linda!
17 de maio de 2017 às 23:43
Maria Lucia Gimenes
ResponderExcluirHoje, nesse momento, é assim que eu vejo o nosso querido Brasil, acho que nem juntando os cacos.
18 e maio de 2017 às 00:52