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Solitários
“O que ameaça , mais
que um peste, mais que uma traça”
Aberta a gaiola, voam os pássaros, vazio fica o ninho,
Um dia, cedo ou tarde, todos nos encontraremos sozinhos,
A “TV” calada na
sala, os lugares vazios na cozinha,
As camas todas arrumadas, nem chinelos, nem sapatos,
Nem gavetas esquecidas abertas, fitam-nos somente os
retratos.
A casa deserta, o eco dos passos e o silencio mortalmente
quieto,
Velhos cadernos inda no armário, os pratos empoeirados,
As roupas dependuradas nos cabides e aquela saudade,
Morando aconchegada no cantinho do coração alojada.
As noites intermináveis, a espera agonizante,
A vida que se arrasta, os anos que pesam nos joelhos e nas
pálpebras,
O riso desbotado, as mãos trêmulas, o vazio único
companheiro sempre ao seu lado,
Tudo parece tão distante e ao mesmo tempo tão perto,
Tudo de repente te parece tão errado e tão certo,
Mas isso não pode ser motivo de tristeza, olhe pro teu lado,
O mundo estará sempre repleto de solitários.
Autor
Carlos Marcos Faustino
29/03/2014—Sabado-00h09m
Tania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirLinda! Não conhecia essa.
26 de abril de 2018 às 22:08