Tempo de colheita
Loucos
Os que sentem saudades das atrocidades de um tempo,
Onde não se podia expressar um pensamento,
Onde discordar era como se dar em sacrifício,
E colocar a cabeça a premio.
Loucos
Os de agora, os de
ontem , cada qual donos em exercício,
Os de fora, os de dentro, a plateia, a plebe,
Os mesmos senhores de engenho, os mesmos escravos,
Loucos todos, uns mais, outros menos.
A historia se repete, vai e volta tal qual um pêndulo,
O rebanho incrédulo segue em busca do prometido sonho,
A paz, palavra estampada, sorri desenhada em letras garrafais,
Os ais da violência ecoam, vão-se os filhos, vão-se os pais.
A fome segue de mãos
dadas, atadas a impotência,
Duma civilização que preza o poder,
Ser mais é o lema, não importa doa a quem doer,
Mas não demora, já à
espreita nos assola o tempo de colheita.
Autor
Carlos Marcos Faustino
02/03/2014- Domingo – 16h30m,
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Tania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirEssa é uma poesia linda e diferente das outras suas que já li. Menos saudosista mais realista, ñ sei..
04 de fevereiro de 2017
Tania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirÉs um poeta completo. Eu tenho um lado sinistro e humorístico realista, ñ consigo passar romantismo no que escrevo
04 de fevereiro de 2017
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Rosa Paula Gomes
ResponderExcluirVerdade. Colhemos o q plantamos
05 de fevereiro de 2017