Caminhos

Caminhos

Estrada de terra, buracos, poeira,
E em tempos de chuva , lama,
Curvas onde  o carro atola,
Só te  assossegas  ao avistar a porteira,
Dai  adentras,  sem antes não pedir licença,
E entre o gado deitado pelo caminho,
Devagar  faz gestos que o espantem,
Segue adiante   e enfim estacionas.

Um pátio improvisado, todo tomado de carros,
Aos poucos chegando milhares de abraços,
Uns em pé, outros sentados,
Fé nos olhares

O céu às vezes estrelado, perfume de flores,
 Grilos, sapo, vaga-lumes, a natureza toda conspira,
Uma energia infinita invade todo o espaço,
Mentalizações,  orações, iniciam-se os trabalhos.

Depois, quanto tudo termina, aos poucos,
Um a um toma de novo seu rumo,
Alimentados de um novo sopro de esperança,
Esvazia-se o pátio,  pasta livre novamente o gado,
Calam-se os sussurros das pessoas,
Torna-se a ouvir  novamente a sinfonia dos sapos

Autor
Carlos Marcos Faustino
15/11/2013- Sexta Feira – 10h56m





Comentários