Rastros de saudades
A cada instante, mais longe, como o sol se deita no
horizonte,
Despedindo-se da tarde nos braços e abraços da noite,
Deixas no teu rastro
esta saudades imensa de tua ausência,
Que vai abrindo-se no meu
peito e em vôos rasantes sai
explodindo.
E quem puder olhar neste momento pro céu todo encoberto,
Na certa não saberá dizer
se são estrelas ou vaga-lumes,
Mas se por acaso sentissem no ar como sinto seu tênue perfume,
Decerto soubessem do meu sentimento em essência e brilho
liberto.
Então você transcende minha realidade e em meus sonhos vaga,
Acolhe-me em desejos por toda a noite e me embriaga,
Desfaz-se da distancia, sussurrando aos pés do meu ouvido,
Palavras que de ti só posso ouvir estando mesmo adormecido.
E quando os
primeiros suspiros do sol despontam após
a madrugada,
Desperto quase sonâmbulo vou à janela e olho pra bem longe,
Peito aberto deixo que saiam como pássaros em revoada,
Todas as saudades, todas
as viagens feitas no sono pra não sei onde.
Autor
Carlos Marcos Faustino
22/02/2012- Sexta feira- 01h22m
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