Desprendimento
Nunca julgue o
poeta pelo modo como ele se expressa,
Às vezes pinta dor
com uma falsa alegria,
Outras vezes sorri
com melancolia em entrelinhas,
Por vezes o poeta é um grande ator, então interpreta.
O poeta interpreta amores muitas vezes não vividos,
Cria personagens pra cada
verso que deixar escrito,
Morre de amores, renasce
depois entre risos,
Faz da realidade sonhos e de sonhos o paraíso.
Mas o poeta não mente quando encarna tudo isso,
Simplesmente se desprende do seu eu por momentos,
E vive em cada
verso um total arroubamento.
E cada vez que
volta a despertar deste momento de
encanto,
Torna a
perscrutar novas formas de
desencadear estes sentimentos,
E é quando a inspiração aflora e o cobre todo com seu manto.
Autor
Carlos Marcos Faustino
23/02/2013- Sábado-
00h 03Min
Muito verdadeiro!!! O poeta não é um fingidor, é sim aquilo que expõe, pois desprendido, ele sente e vive o que versa. Parabéns, Faustino por mais uma joia! Abraço!
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