Acorrentados
Mede-se a dor pela expressão do rosto,
Pelo pulsar do sangue que pelas veias vão,
A voz sufoca o grito que vem
explodindo,
Mas morre num amargo gosto de um Não.
E coração que se fez acorrentado há tempos,
Insiste em não romper
da alma os grilhões,
O Outro escapa-lhe
das mãos e alça um vôo,
Deixando um rastro de lagrimas no chão.
E por entre as primaveras
de todos os anos,
Nos olhos de quem fica em completa solidão,
As flores todas, as cores
todas desta estação
Ficam envoltas nas nevoas
brotadas das dores de então.
Autor
Carlos Marcos Faustino
21/01/2013- Segunda
feira -20h 26m
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