Súplica de um guerreiro
Velhos cabisbaixos,
pensativos,
Olhares perdidos em tempos de glória:
Guerreiros das matas,
vitórias, vitórias;
Comida era farta, vinham das caçadas,
Das pescas, das idas e vindas na floresta
E tudo era festa,
cantorias e danças
E enquanto o sol ia... a lua chegava
A noite partia... o dia raiava.
E dos mares, através das matas
Pra clareira nas
tabas vieram
Chicote, chibata, morte
E peste que a tudo devasta,
Minguavam-se as tabas, As ocas tombavam.
As vidas ceifavam, mulheres perdiam-se
Crianças então
nasciam e a fome, chegava.
O branco ora expulsava, ora escravizava,
E o índio arfava, o
índio morria
Nas tabas, mulheres magrelas
de olhos molhados,
de tetas secas; crianças mirradas, coitadas.
Tupã! Oh! Tupã! Que manda na chuva,
Que manda no vento e
garoa,
Que manda no canto da
passarada
Que ecoam nas matas,
Nas ondas das águas que morrem na areia
Tupã! Oh! Tupã! Que faz nascer vidas
E que nos dá a morte, nos diz, Oh! Tupã!
Por que esta sorte? Por que nossa raça
Esta sendo extirpada, banida, varrida,
Por que nossa terra está sendo tomada?
Dê-nos um motivo, um milagre, um consolo,
Por que tudo isso? Até quando este martírio?
Desperte-nos deste fatal delírio !
Salva nossa tribo,
salva nosso povo?
Belíssimo poema que canta a história de um povo que clama por respeito à sua raça e às suas tradições. Triste lamento em rico poema! Parabéns, Faustino!
ResponderExcluirObrigado por suas belas palavras meu amigo e poeta.
ExcluirTania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirQue triste mas foi isso mesmo.
24 de fevereiro de 2017 às 18:36
Tania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirQue linda e que triste verdade.
21 de abril de 2017 às 01:42
Marissol Da Freiria Pantaleão
Marissol Da Freiria Pantaleão Nossa que saudades....... Lindo poema
21 de abril àsa 01:47
Bruno Meneghello
Bruno Meneghello Muita saudade ❤
21 de abril de 2017 às 04:43
Christina Castello Branco Augusto
ResponderExcluirParabéns!!!! Linda!!!!
21 dse abril de 2017 às 08:48
Eliza Perico
ResponderExcluirparabens carlos tenho muito apreço a s suas em todas suas poesias paz
21 de abril de 2017 às 21:36
Sandra Gimenes Menabó
Sandra Gimenes Menabó ·
Que lindo! Ao mesmo tempo que triste realidade!
21 de abril de 2017 às 21:36
Magnólia Miranda ·
ResponderExcluirLindo poema...triste realidade...porém verdade!
22 de abril de 2017 às 23:43
Lucas Costa Yoshinaga
Lucas Costa Yoshinaga Saudades desse texto, linda obra Carlos Marcos Faustino
22 de abril de 2017 às 23:43
Tania Maria Gimenes Brochini
ResponderExcluirEssa já é minha conhecida , linda!
29 de maio de 2017 às 19:27